segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Subindo o rio Perequê-Açu - PARTE II

          
        
     Apesar da "derrota" sofrida no dia anterior, não desanimamos. Nasce um novo e ensolarado dia e a vontade de navegar o Perequê-Açu ressurge com redobrado animo! Os erros cometidos foram observados e nesta nova investida não demos chance pro azar!
    Desta vez com motor (e com a promessa de que nunca mais sairíamos sem ele rsrs) deixamos novamente a praia do Jabaquara e antes de encarar o rio fizemos uma parada na praia do Pontal, onde comemos uma porção de peixe frito que diga-se de passagem, estava nota 10!  

     Daí em diante foi só alegria! Saímos do Pontal motorando, contornamos a barra e entramos no rio. Nos deparamos com algumas embarcações turísticas vindo no sentido contrário mas como estavam todos bem devagar não houve qualquer susto. 



    Não só o caiaque ia muito bem rio acima, a moral da tripulação também seguia excelente...recebendo e retribuindo tchauzinhos dos turistas que paravam pra ver a geringonça laranja rs.






   O rio continuava muito bonito, porém devido à forte chuva que caiu, mostrava-se bem "sujo":  grande quantidade de galhos, folhas e pedaços de plantas vinham boiando em nossa direção e vez por outra algo batia na hélice. Fora este inconveniente nada mais ocorreu que atrapalhasse nossa marcha rio acima.





   Após a passagem de uma ponte que está inacabada ou em construção, o rio começa a fazer uma curva para a direita. Casas com gramados e jardins muito bem cuidados em ambas as margens chamam nossa atenção. 





    Mas não paramos, devagar e sempre fomos subindo até que avistamos a ponte da Rio-Santos.  Por volta de 100 metros antes notamos que o rio fica bem raso neste trecho. Com medo de bater com a hélice no fundo, achei melhor desligarmos o motor e seguir a remo.


   
Rio-Santos


Por precaução aqui desligamos o motor
    

 Logo após surge um trecho onde o rio se abre e fica parecendo uma lagoa. Com casas e pousadas nas margens ao redor. Lugar bem tranquilo. Paramos um pouco aí para reabastecer nosso motor e resolvemos seguir adiante, porém somente no remo. 




Parada para reabastecer


     Rápido notamos que a decisão de seguir a remo foi acertada, bancos de areia afloram desavisados aqui e acolá. A mata também fica mais fechada e as casas começam a rarear. Depois da segunda ou terceira curva (por volta de  3,5Km rio acima) resolvemos dar meia volta. Desta "não doeu nada" remar, longe disso, uma delícia ir favor da correnteza. Chegamos rapidamente de volta à ponte da estrada e aí ligamos novamente o motor. 

     


Motorar rio abaixo é outra coisa! Com baixíssima rotação desenvolvíamos boa velocidade. 





      Em poucos minutos já estávamos de volta à foz do rio. 


      Saindo da barra nos deparamos com forte ondulação contrária devido a uma frente fria que chegava com vontade.  Voltamos para a praia do Jabaquara num verdadeiro hipismo náutico, cavalgando ondas de aproximadamente um metro...tremendo sobe e desce! Por sorte ninguém mareou. E aí o teste definitivo para nosso então "novo" sistema anti-capotagem: as defensas amarradas nas laterais do caiaque. Algo simples mas que mostrou-se totalmente eficaz.  




   A respeito dos contratempos do dia anterior, a lição que ficou é óbvia, mas digna de menção pois não raras vezes as coisas mais óbvias são as menos observadas: 

   Para qualquer travessia, não importa o quão fácil ou simples pareça, é necessário preparação e planejamento. Quanto mais calma e paciência na observação dos detalhes, menor é a chance de algo "dar errado", assim como a quantidade de pressa ou ansiedade (de ir logo para a água e aproveitar o dia) é inversamente proporcional à possibilidade de que tudo dê certo.
 Vivendo e (re)aprendendo, sempre! 

     Até a próxima!

  Link para a PARTE I  >>  aqui  <<.
  






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