terça-feira, 18 de agosto de 2015

Paraty-Mirim e Saco do Fundão


    
   Resolvemos ir dar umas remadas em Paraty-Mirim. Bateu a vontade depois que vimos algumas fotos em um catálogo turístico. 
   Já tinha passado por lá uma vez mas foi um pouco decepcionante....o tempo estava chuvoso e o rio que desemboca na praia, barrento, turvando completamente as águas da orla.

   Desta vez não houve decepção. Longe disso, foi só alegria! Mesmo quando o rio transbordou e cobriu a estrada, nos impossibilitando de ir embora rs....




    Aprontamos o carro para a "expedição": caiaque, barraca, etc e fomos meio que "na louca", ou seja, sem saber onde pernoitaríamos. Tinha visto na internet que lá há o "Camping do Mineiro", mas ao chegarmos não encontramos nem o camping, muito menos o mineiro....todavia encontramos o camping do Jesus, um senhorzinho simpático e bastante atencioso.
    O camping é bom, tem eletricidade, banheiro com água quente e estava vazio. 


Nossa casa de campo rs


   No primeiro dia acordamos, tomamos café e fomos direto para a praia. Pusemos o caiaque na água e saímos remando em direção à esquerda. Atravessamos a desembocadura do rio Paraty-Mirim e rapidamente fomos surpreendidos pela clareza e bonita tonalidade das água. Irresistível não dar um mergulho....ficamos por um tempo nadando e testando o estojo estanque que comprei pra minha nikonzinha.

   Novamente no caiaque, remamos atá o fim da praia e contornamos a ponta, andentrando o Saco do Fundão, com a Ilha da Cotia à nossa direita. Remamos mais uns 100 metros e encontramos uma área de menor profundidade. Aí pudemos fazer alguns mergulhos com máscara e esnorquel. Lugar muito bonito, olha a cor da água:



  Entramos depois um pouco mais no Saco do Fundão, mas repentinamente o tempo virou e o vento aumentou....bateu um frio e resolvemos voltar para o camping.

   Embarracamos e não pudemos mais sair até o dia seguinte. Choveu sem parar a tarde e noite que seguiram.


Ilhados em terra firme

   Havíamos combinado de ir embora pela manhã, mas ao acordarmos ficamos sabendo que isso não seria possível. Devido à intensa chuva o nível do rio subiu muito, inundando a estrada.....resultado: ninguém entra ou sai de Paraty-Mirim a não ser de barco.




   O fato de termos ficado presos lá só ajudou, pois resolvemos fazer algo que não estava na programação e acabou sendo um dos pontos altos da trip: remar mangue adentro no rio Paraty-Mirim. Segue o video:




     Chegando na praia pelo rio:





 Conclusão: a trip foi show, porém não tivemos tempo pra fazer tudo o que gostaríamos....com certeza voltaremos pra conhecer melhor o Saco do Fundão e a Ilha da Cotia. 






Até a próxima!





terça-feira, 16 de junho de 2015

Navegada até a Ilha do Araújo

        

   Acordamos com a rota do dia já definida: Ilha do Araújo. Tudo favorável: sol, pouco vento e temperatura agradabilíssima! O único inconveniente era a hélice, que no dia anterior, tinha novamente dado problema. Não havia muito o que pudesse ser feito ali, então mantive o pensamento de sempre: qualquer coisa voltamos remando....é chato e cansativo, porém, saudável rs.  

    Aprontamos o caiaque com tudo que nos era necessário. Liguei o motor, engatei e maravilha: tudo funcionou! Saímos costeando a margem esquerda da baia de Corumbé e logo depois já contornávamos a Ponta da Cruz. Como ali há muitas pedras semi-submersas, resolvi entrar na praia do Rosa e passar devagarinho entre as duas pedronas mais visíveis. Mas assim que aproei em direção à praia o problema no hélice voltou.... Fiquei meio "fulo", mas, com calma, fui tentando...engata, desengata, engata, desengata......até que a bendita entrou e o hélice girou. Aêêê! Fiz uma volta para acertar o rumo e passamos entre as pedras, sem problemas. 
     Fomos atravessando o boqueirão que separa a ilha do continente, bem atentos às boias de pesca que víamos pelo caminho. 
     No dia anterior,  por pura ignorância nossa, não atentamos às boias vermelhas e nos enroscamos em uma rede. Por sorte consegui facilmente nos desvencilhar e também não danificamos nada. O pescador, que estava em uma canoa a alguns metros dali, ficou bravo e deu uns berros comigo. Mas logo acalmou depois que viu que a rede estava intacta.

     Próximo à ilha reduzi a marcha e fomos curtindo a paisagem enquanto passávamos bem devagar entre os barcos ancorados. Garças brancas, enormes, empoleiradas sobre as embarcações, ajudavam a compor o belo quadro que se descortinava. 
    Finalmente joguei a âncora e desembarcamos. Encontramos uma vilazinha limpa e bem cuidada. Sentamos em um banco próximos ao pier e enquanto descascávamos algumas laranjas, passou por nós um batalhão de crianças correndo e brincando, o que deu um tom ainda mais pitoresco ao lugar.
   Resolvemos pegar uma trilha que leva à parte norte da ilha mas, no meio do caminho, decidimos retornar e ir pelo mar. Queríamos ver se havia alguma outra praia mais à frente. Voltamos ao caiaque e seguimos para o norte. Do outro lado descobrimos uma praia com um quiosque e bateu a vontade de desembarcar e tomar uma gelada ali mas, como já estava escurecendo, resolvemos deixar para a próxima.

    A volta foi bem tranquila visto que o mar estava um espelho.  O total do trajeto foi de 9.8Km.

Em breve postarei o vídeo.

Um abraço e até a próxima!




















terça-feira, 19 de maio de 2015

QUASE PERRENGUE



       Travessia da Praia do Pontal (Paraty / RJ) à Ilha Sapeca num barco à remo. Distância: aprox. 6 Km

  Mais um post que tem minha adorada Paraty como cenário. 

     Essa é do túnel do tempo. Um "quase" perrengue ocorrido a vários anos atrás:

    Férias, dois dias antes do Natal, já de saco bem cheio do Ibirapuera e da Av. Paulista, propus ao meu amigo Julio irmos à Paraty e voltarmos pra Sampa ainda a tempo de passarmos as festividades com nossos familiares. Ele topou e lá fomos nós. 

  No dia seguinte, comentei com o Julio que seria legal se pudéssemos dar umas remadas por ali e ele concordou. Foi aí que vimos o barquinho ancorado no canto esquerdo da praia. Não perdemos tempo. Achamos o proprietário e fizemos uma proposta de locação que foi prontamente aceita.... 

 - Show! Vamos remar! 

  Compramos uma garrafa de água e embarcamos.

    O clima estava perfeito, sem vento e o mar lisinho. Assim surgiu a idéia (de jerico rs) de ir até "aquela ilha" (cujo nome ainda não sabíamos) na linha do horizonte.





 Na ida foi só alegria. O único inconveniente era que por vezes tínhamos que tirar a água que o barco fazia.  



   Por volta de uma hora depois estávamos no meio da baia, a quilómetros de qualquer margem. Via-se a Igreja de Santa Rita, cartão postal de Paraty, como um pontinho branco lá longe. Mais  meia hora e finalmente chegamos à ilha (do Malvão).

....mas o dono estava ali na praia com sua família. 


  

Então continuamos remando....




   Fomos contornando a ilha do Malvão e logo atrás uma agradável surpresa. Um pequeno oásis "boiando" no meio do mar, um mini paraíso chamado Ilha do Sapê ou Sapeca. 





 Desembarcamos e pouco depois o tempo começou a virar...




  E virou com tudo !!...vento, chuva e mar encarneirado.

  Todos os barcos que lá estavam rapidamente zarparam.

  Ficou evidente que seria bem complicado, pra não dizer impossível, voltarmos pro Pontal naquelas condições. O entardecer avizinhava-se e chegamos à conclusão que teríamos que dormir lá, com quase nada de água doce e desagasalhados...seria uma longa noite.

  Por sorte, depois de algum tempo, apareceu um barqueiro com turistas.

   Perguntamos se podia nos rebocar uma parte do trajeto. E a resposta foi sim! Ufa!!




Rindo da encrenca que nos livramos


  O barqueiro, que seguia para o cais da cidade, nos deixou próximo de onde deveríamos devolver o barco. Nos despedimos e ficamos muito agradecidos, afinal o cara nos livrou bonito.

  Devolvemos o barquinho e fomos tomar umas cervejas pra comemorar. Aliás, motivo não faltava.

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  Irresponsabilidade nossa? Não, acho que foi mais ignorância mesmo. Não passava por nossa imaginação que a tranquila baia de Paraty poderia transformar-se naquele pandemônio. Mas ficou a lição: mar é mar e com mar não se brinca, onde quer que seja. 

  Hoje tento ser mais precavido e não me lanço a travessias sem antes consultar à previsão do tempo, além de usar um relógio com barômetro.

Até a próxima!